Meia-noite, troca estranha de dia
Lua escura, solidão, sem alegria
Vazio no peito e o teu jeito
Sem defeito, a aterrorizar
Nesse estranho novo mundo
Poço profundo, fez-me afundar.

Passam-se as horas e não vejo cores
Não me saciam os amores
Fujo do amanhecer, não quero ver
O sol nascer e estampar
Nas luzes que enfeitam a manhã
A magia sã do teu olhar

Na insensatez do meu desejo
A escultura do teu corpo vejo
A me assombrar, me alegrar
Me deixar e ir embora
Sumir num segundo
Levar meu mundo e não retornar

Assim como a métrica do poema
Tua ausência é um dilema
Sem simetria, sem nada, vazia
E eu apenas queria fazer-te lembrar
Que em minha vida és constante
A todo instante quero ver-te retornar.

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