Perdido em versões de mim mesmo
Olhei o espelho para talvez enxergar
Uma ideia distorcida da realidade
Que fizesse o tempo parar.
Tantas vezes abdiquei da vida
Outras tantas tentei despertar
Na busca de um equilibrio perfeito
Entre livros e mesas de bar.
Então não digas, guria
Que sou um cara superficial
Apenas me perco em mim mesmo
Mas sou incapaz de te fazer mal
Andando por ruas distintas
Vejo molduras de diversos mundos
Cada um com seu pseudo-ideal
Fugindo de um tal sono profundo
Por isso prefiro a minha neurose
Minha  eterna guerra particular
Meu interior, meu labirinto
Em que me perco sem notar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário