Debruçado à janela ouço o som do violão
Quando presto a atenção no cair da tarde
Talvez os quilômetros sejam apenas disfarces
E talvez nem separem realmente as pessoas

Há algo nas entrelinhas que ninguém explica
Quando no caos cotidiano os segundos param
E a vagarosa paleta laranja contrapondo o tempo
Faz orquestra sensitiva ao ouvir o tom no vento

Porque eu posso ouvir, posso te ouvir, irmão
Talvez ninguém compreenda essa sensação
E as bancas acadêmicas nunca irão entender
A incrível conexão simbiótica entre eu e você.

Porque eu posso ouvir, posso te ouvir, irmão
E toda a nostalgia da nossa linda canção
Seja à beira mar ou numa caverna moderna
Eu estarei te ouvindo num pôr do sol em festa

Existem momentos em que é necessário parar
Quebrar as correntes do sistema automático
E descobrir em si coisas que não te contaram
A magia de tudo que ainda não é conhecido

Há portais escondidos em cada raio solar
Coisas que estão bem além da imaginação
Se ninguém entender quem sabe contaremos
O segundo sol existe e só nós dois sabemos.

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